Para a Hagadá de Pessach (livro de conexão espiritual) em PDF, por favor veja logo acima. Para uma explicação dos códigos de cada uma das 15 etapas dessa conexão noturna, veja logo abaixo nessa página
ESSA É UMA HAGADÁ [LIVRO DE CONEXÕES DE PSSACH] GRATUITA QUE ENCONTREI NA INTERNET, NÃO É DE AUTORIA DA ELO91, SIMPLESMENTE FIZ O TRABALHO PARA VOCÊ DE ENCONTRAR UM LIVRO DE REZAS VÁLIDO COM TRADUÇÕES E TRANLITERAÇÕES
O livro usado para as conexões de Pessach se chama 'Hagadá' [e não tem nada a ver com sorvetes].
Sendo que ainda não temos uma solução para tal, decidi buscar na internet um material gratuito que posso assegurar que é 100% correto para usar e após muito esforço encontrei e está aqui para você:
Imediatamente após a nossa chegada a este mundo físico, ganhamos um adversário interno poderoso. Ele tem uma função importante que explicamos no curso básico Módulo 1 - Luz Infinita: os Fundamentos da Cabala.
Em resumo, sua função é nos ajudar a sermos os co-criadores(as) da nossa vida, que é o propósito de nossa existência na terra. O oponente rapidamente obteve uma mão forte no jogo da vida.
Em outras palavras, ele nos ajudou a nos tornarmos uma espécie totalmente governada pelo ego e pelos instintos reativos. Foi esse comportamento reativo, induzido pelo oponente, que se tornou a fonte de todo o caos que afeta o nosso mundo. Caos refere-se tanto a distúrbio global quanto pessoal.
Desde pobreza, doenças e terremotos, até estresse pessoal, medo e péssimos relacionamentos, o oponente foi e é a causa invisível e desconhecida por trás de tudo.
O oponente guarda um segredo que não quer que saibamos: ele não possui absolutamente poder ou Luz próprios. Ele obtém toda sua Luz do nosso comportamento reativo.
A verdade é que a humanidade não teve qualquer chance nas primeiras fases do jogo. Era o equivalente a enviar-se um boxeador amador peso leve para o ringue contra um campeão mundial peso pesado.
A humanidade estava nas cordas. Ego, avareza, auto-indulgência, inveja e ódio preocupavam as mentes dos homens. O oponente brincava com uma pessoa durante 50 anos, construindo seu ego, recompensando-a com ilusões. Tudo isso estimulava o comportamento reativo, a força vital do oponente. Como qualquer bom predador, ele engordava suas presas, dando-lhes riqueza, orgulho, a ilusão de controle, e quando elas menos esperavam, ele lhes puxava o tapete. Aquela técnica produzia as reações mais negativas possíveis em uma pessoa.
Essas reações por sua vez davam ao oponente a força de que ele necessitava para o golpe de morte final. Durante o tempo no Egito, o jogo atingiu um ponto crítico. O oponente estava no completo controle.
Ele tinha o domínio sobre nós e não havia meio de vencermos. Este é o significado espiritual e o código oculto na história da escravidão dos Israelitas no Egito. Egito é uma palavra em código para o nosso ego e comportamento reativo.
Escravidão refere-se ao completo domínio do oponente sobre a humanidade. Estávamos indo para o buraco. E foi aí que algo marcante ocorreu. A Luz interveio a nosso favor . Esse constitui o poder de Pessach.
De repente, 10 choques massivos de energia espiritual (conhecidos pelo nome em código “10 Pragas”) foram lançados ao nosso mundo. A onda de choque fez o oponente cambalear.
Seu domínio de morte foi quebrado. De repente, nos encontramos em pé de igualdade com nosso oponente.
No instante em que seu domínio foi rompido, o caos foi vencido. Isto é representado pelo êxodo dos Israelitas do Egito e pelo estado de imortalidade que foi alcançado no Monte Sinai.
Os Cabalistas nos ensinam que este não foi o fim do oponente.
Foi simplesmente uma chance para recuperarmos o fôlego e nivelarmos o campo de jogo. Se reagíssemos novamente, o oponente poderia continuar a sugar nossa Luz.
Todas essas ações históricas espirituais do Pessach criaram um reservatório e um banco de energia espiritual, para que as futuras gerações pudessem acessar em suas próprias lutas contra o oponente.
Isto constitui o propósito do Seder - a noite do 15º de Nissan, ou a Lua cheia de Áries. O dia de poder para podermos sair da escravidão dos nossos egos!
Por favor, mantenha em mente que seguir a cerimônia de Pessach exige concentração e experiência e nem todos vão ter a paciência ou aptidão de seguir as instruções do início ao fim.
O importante é se ESFORÇAR e ESTUDAR tudo que você pode sobre Pessach. Alguns mestres de Cabala consideram o estudo dos segredos [mencionados aqui nessa página] MAIS IMPORTANTES do que fazer a própria cerimônia!
Por favor entenda - as cerimônias são importantes mas são um mero ato técnico para atrai uma certa Luz espiritual, nesse caso - a força para quebrarmos barreiras impossíveis, e superarmos uma certa [ou várias] escravidão[ões] do nosso ego.
Junto com isso, você e eu precisamos de um RECIPIENTE para toda essa Luz.
O RECIPIENTE já atrai toda a energia! Então como gerar esse recipiente? Estudando tudo que tenho para te oferecer aqui.
Não é necessário comprar um prato de ouro ou algo absurdo.
O que faz o prato especial é o que colocamos lá: Certas comidas e a NOSSA CONSCIÊNCIA sobre o que cada comida representa.
Lembre-se que de acordo com a física quântica [e a Cabala] - sua consciência é TUDO ou como eu gosto de dizer: "Sua consciência faz toda a diferença". Isto é um ovo é um ovo.
Você até pode imaginar que ele tem gosto de chocolate, mas você provavelmente vai sentir um gosto de ovo. Ele tem as mesmas calorias e nutrientes de um... ovo!
MAS se você olhar para esse ovo, enviar seu amor e gratidão com pensamentos, emoções e palavras eu te prometo [e já foi provado cientificamente] que esse ovo vai ter muito mais energia e poder de cura e restauração para o seu corpo. Sua consciência faz toda a diferença!
O prato do Seder é um microcosmo da nossa vida e do mundo físico e espiritual. Nós somos o prato, e os ítens sobre ele correlacionam-se às 10 Sefirot e às dez detonações de energia que atingiram nosso mundo lá no Egito.
Cada componente do prato do Seder constitui uma ferramenta específica e um instrumento, que nos permite manipular essas 10 forças espirituais. Em nossa própria vida pessoal, durante o ano todo, o oponente literalmente nos retém sob um jugo de morte.
Ele controla cada pensamento, desejo e impulso nosso, tornando virtualmente impossível para nós transformar nossa natureza. Ele é tão poderoso, que pode até mesmo injetar dúvidas dentro de nós relacionadas à realidade da sua existência ou à verdade de todas estas explicações cabalísticas. Nossas ações no Pessach geram energia suficiente pura para combater o oponente com quantidades massivas de corrente espiritual.
Quebramos seu domínio, e iniciamos o resto do ano em pé de igualdade. Com o oponente sob choque e zonzo, removemos efetivamente todo o caos de nossas vidas, já que o oponente é a fonte de todos os distúrbios.
Sua única chance de retorno é a força renovada. Isso só pode acontecer se o permitirmos, através do nosso comportamento reativo insensível. Lembre-se de que o oponente não possui absolutamente poder próprio. Ele obtém toda a sua Luz do nosso comportamento reativo. O oponente tem que se alimentar e nutrir como nós.
Ele é a única entidade neste mundo com quem não devemos compartilhar. Esta noite quebramos o poder da morte, acabamos com o caos e igualamos o placar. Amanhã, depende de nós continuar nosso trabalho, mantendo uma consciência espiritual.
Os itens que aparecem no Prato do Seder, quando carregados com a energia de Pessach, se tornam instrumentos altamente sofisticados, que nos conectam aos diversos níveis das Dez Sefirot – a Árvore da Vida Cabalística.
CHOCHMÁ, BINÁ E DÁAT: As três Matzot nos conectam às três Sefirot superiores: Chochmá, Biná e Dáat.
Essas Três Superiores são a fonte de toda a plenitude e bem que aparecem em nossa vida. Moshé [que tem a mesma numerologia de RATSON = DESEJO, ou seja, Moisés é um nome código para um recipiente aperfeiçoado] foi o único ser humano a atingir o nível de Dáat. Os Cabalistas dizem que ele era meio humano e meio anjo. Pode-se assumir que ele atingiu o status de maior profeta já existente, como resultado de sua natureza angelical.
No entanto, os Cabalistas nos ensinam que a grandeza verdadeira de Moshé era a sua parte meio humana. Como homem, Moshé se importava com cada ser humano. Ele queria doar-se e ajudar a todos, em base individual.
Embora fosse o líder de uma nação inteira, ele tinha o coração, a alma e a mente direcionados para importar-se e cuidar das necessidades de cada pessoa. Não importa quão elevados espiritualmente nos tornemos na vida, nunca seremos tão elevados que não possamos ajudar as pessoas - não importa em que nível achemos que elas estejam. Na verdade, quando uma pessoa atinge um alto grau de espiritualidade, importar-se e ter consideração com todos e com qualquer um torna-se automático.
É esta preocupação que eleva a pessoa inicialmente. Podemos tomar isto como uma medida do nosso próprio nível espiritual. Se pensarmos que estamos acima, ou que somos mais importantes do que qualquer outra pessoa, então não teremos atingido um estado elevado de espiritualidade.
* Dáat é uma Sefirá única, e não é considerada parte das Dez Sefirot. O propósito de Dáat é coletar a energia nua e crua das Três Sefirot Superiores – Keter, Chochmá e Biná e combiná-las em uma força que é transferida para as sete Sefirot inferiores. Dáat funciona mais como uma estação de passagem do que como uma Sefirá verdadeira.
CHESSED: Nossa primeira conexão com o Prato do Seder envolve o osso da canela ou um pedaço de carne queimada. Isto significa o sacrifício que foi levado ao Templo durante Pessach, e corresponde à Sefirá de Chessed. O nível de Chessed representa e está contido na água e em ações de compartilhar, dar e de misericórdia.
Qual é a relação com o sacrifício de um animal? De acordo com os Cabalistas, a fim de realmente compartilhar, precisamos sacrificar e renunciar às nossas próprias características negativas. Por podermos compartilhar somente o que possuímos, ao livrar-nos das nossas qualidades negativas, podemos compartilhar toda a nossa energia positiva com os outros.
GUEVURÁ: O ovo infelizmente representa a nação judaica (quanto mais fervemos um ovo, mais duro ele fica). Representa também o nível de energia conhecido como Guevurá. Guevurá pode quebrar este padrão. A maioria de nós se apega às nossas opiniões e idéias. Quanto mais as pessoas se opõem a nós, mais duros e entrincheirados ficamos em nossas idéias. Geralmente sacrificamos o lado bom de uma situação se isto servir para validar e reforçar nossa própria posição.
Nossa natureza é gastar o máximo de energia possível para provar nosso ponto – para estarmos certos a qualquer custo. Ao fazer esta conexão, podemos dominar a valiosa arte de ceder. Obtemos disciplina para escutar os nossos adversários na vida. Obtemos força e sabedoria para desapegar-nos de nossas próprias idéias, e aceitar visões opostas que possam realmente servir ao bem comum. Esta conexão suaviza nossa resolução em situações onde nossa inclinação aferrada realmente nos fere e também às pessoas em nossas vidas.
TIFERET: A Sefirá de Tiferet é a coluna central – o equilíbrio entre direita e esquerda. O Maror – erva amarga (super forte) é nossa conexão com esta energia de equilíbrio. Superficialmente, Maror parece ser uma ferramenta dura, por causa do seu sabor pungente e da sensação de morte. No entanto, se realmente queremos alcançar algo de importância espiritual neste mundo, precisamos enfrentar um processo que envolva desafio e desconforto.
Para alguns de nós, esse processo é de curta duração, para outros dura uma vida inteira. Toda dor, sofrimento e tormento que enfrentamos na vida, qualquer que seja a medida, é parte desse processo. Podemos, porém, encurtar ou prolongar este processo através das nossas ações. Se trouxermos mais equilíbrio espiritual para nossas vidas, automaticamente encurtamos o processo. Se somos desequilibrados, inclinados ao comportamento reativo, prolongamos o processo. Quando comemos da erva amarga Maror, vivenciamos um gosto de morte de forma proativa, e encurtamos nosso próprio processo de Tikun, removendo assim o caos da nossa vida.
Há um outro ensinamento para nós: muitas vezes, quando sentimos inveja dos outros, olhamos apenas o resultado final do que aquela pessoa possui. Mas será que realmente paramos e consideramos o processo pelo qual ela teve que passar para alcançar seus resultados? Se pudéssemos observar a figura completa, aprenderíamos a apreciar tudo em nossas próprias vidas. Isto é conhecido em termos Cabalísticos como o Processo de Tikun e refere-se às correções específicas que cada um de nós deve fazer durante sua vida. Essas correções espirituais são baseadas nos atos negativos cometidos nesta ou em vidas passadas. Qualquer provação com que nos defrontamos, qualquer dor ou dificuldade que enfrentamos, é parte do nosso Processo de Tikun.
Ele nos dá a oportunidade de corrigir atos reativos do passado, ao não reagirmos no presente. Se reagirmos, encontraremos as mesmas provações vezes e vezes seguidas, até que finalmente corrijamos o problema. Aqui está o desafio: o oponente usará todo o seu poder para estimular reações em nós durante o nosso Processo de Tikun. O oponente possui um domínio praticamente inquebrantável sobre nós, que ele usa para disparar reações físicas e emocionais. Pessach afrouxa este domínio de morte, para que possamos despertar força interna, a fim de interromper nossas reações.
NETZACH: A conexão com a Sefirá de Netzach é representada por uma mistura única de frutas e temperos chamada Charosset. Esta substância similar a uma geléia foi formulada pelo Cabalista do século 16, Rabi Isaac Luria. Incluído no nome Charosset (em hebraico) , encontramos o nome Ruth, uma ancestral materna do Rei David. Um dos ancestrais de Ruth foi Moav, um homem nascido de uma relação incestuosa entre pai e filha.
Por causa de sua ancestralidade, Ruth poderia facilmente ter escolhido o caminho onde não tivesse qualquer chance de trazer Luz espiritual para o mundo, mas em vez disso ela fez escolhas que a levaram a gerar o Rei David, que é a semente do Mashiach. O que a Torá está tentando nos dizer com esta história? Não importa quão sórdido ou vergonhoso possa ser nosso passado, ainda assim podemos nos elevar a grandes alturas espirituais no momento em que tomamos a decisão e assumimos o compromisso de fazê-lo. Quando comemos Charosset, somos imbuídos com a força para assumir este compromisso.
HOD: O Karpás (aipo ou salsão) nos conecta com o reino de Hod. Podemos rearrumar as letras hebraicas da palavra Karpás para soletrar a letra Sámech mais a palavra Pérach. A expressão Sámech Pérach refere-se ao trabalho árduo das 600.000 pessoas no Egito. O conceito de trabalho árduo durante o cativeiro constitui uma metáfora para julgamento. Mergulhamos o Karpás na água salgada para adoçar quaisquer julgamentos que estejam vindo em nossa direção no ano que se segue. De acordo com a Cabala, sal é uma força positiva, água representa o aspecto de misericórdia e sangue contém a força de julgamento. Eis aqui como tudo se encaixa em conjunto: a hemoglobina no nosso corpo é uma solução salina como o sal. A força espiritual por detrás do sal e da água conecta-se com a hemoglobina em nosso sangue.
No instante em que comemos o Karpás, adoçamos qualquer julgamento que possa estar pairando sobre nós. Julgamentos não são necessariamente algo ruim. Os julgamentos também podem ter um efeito positivo, já que ajudam a nos direcionar para um modo de vida mais espiritual (desde que aprendamos com nossas dificuldades e reconheçamos o princípio de causa e efeito em funcionamento no universo). Por exemplo, um pai carinhoso repreendendo seu filho por mau comportamento é produtivo, julgamento adoçado. Ao contrário, qualquer tipo de tragédia pessoal é um julgamento duro, sem qualquer forma de adoçamento. Nossa conexão com o Charosset adoça todos os julgamentos que nos são devidos como resultado de atos negativos passados.
YESSOD: A conexão com Yessod é chamada Chazeret e é representada no Prato do Seder pela alface romana. Yessod é um reservatório que coleta toda a energia de todas as Sefirot acima de si. A Cabala explica que o personagem bíblico Yosef, o Justo, representa a Sefirá de Yessod. Enquanto esteve vivo, Yosef acumulou toda a riqueza do mundo no Egito e a distribuiu pelo mundo. Yosef tanto realiza esta tarefa no mundo espiritual, como também através de Yessod.
Utilizamos este mesmo poder para acumular todas as nossas características negativas e todo o caos que surge em nossa vida, para combiná-los em um único alvo. Agora, podemos eliminar e remover todo o caos da vida com um único tiro em Pessach.
MALCHUT: O prato físico é nossa conexão com Malchut, que corresponde à nossa existência material. O prato em si não possui valor espiritual. Os elementos espirituais sobre ele é que determinam o valor do prato. Da mesma forma, não temos sustento espiritual próprio neste mundo físico. Obtemos toda a nossa energia espiritual das Sefirot com as quais nos conectamos através dos ítens contidos em nosso Prato de Seder.
O Prato de Seder é um microcosmo da nossa vida e do mundo físico e espiritual. Somos o prato e os ítens sobre ele se correlacionam às 10 Sefirot nos mundos superiores. Cada componente no prato de Seder é uma ferramenta específica e um instrumento que nos permite manipular as forças espirituais que governam o cosmo. Ao controlar as 10 Sefirot, estamos assumindo controle sobre a usina energética para todo o universo. Conforme aprendemos mais atrás, durante o nosso ano, o oponente literalmente nos tem sob um jugo de morte. Ele controla cada um dos nossos pensamentos, desejos e impulsos, tornando virtualmente impossível para nós transformar nossa natureza.
Ele é tão poderoso, que pode até mesmo nos injetar dúvidas sobre sua existência ou sobre a verdade desta explicação. Ao assumirmos controle sobre a usina energética podemos acionar a produção e o fluxo de energia. Isto gera energia nua e crua, suficiente para produzir choques de quantidades massivas sobre o oponente. O bombardeio o faz cambalear. Seu domínio é quebrado e iniciamos o resto do ano em pé de igualdade.
E aqui está o bônus adicional: com o oponente atônito, teremos eliminado todo o caos de nossas vidas, já que é o oponente que constitui a fonte de toda a negatividade e distúrbios. Sua única chance de retorno e de ter a força restaurada, é se o realimentarmos através de nossas ações reativas. A Cabala nos ensina que o oponente não possui absolutamente qualquer poder ou Luz próprios. Ele adquire toda a sua Luz do nosso comportamento reativo. O oponente precisa alimentar-se e nutrir-se tanto quanto nós. Ele é a única entidade neste mundo com quem não devemos compartilhar.
Existem 15 estágios no Seder. 15 É o valor numérico das primeiras duas Letras do Tetragrama, o Nome de Deus יהוה que representa o fluxo perfeito da Luz desde o infinito através das 10 sefirot ou mundos espirituais até nossa realidade física limitada. As primeiras duas letras יה tem a numerologia de 15 e representam as 3 sefirot superiores = o armazém de toda a Luz espiritual e vida!
ATENÇÃO - na Hagadá disponível nesse site são mencionados 14 estágios, mas se você conferir, verá que os 15 estágios estão lá. Essa versão junta 2 estágios em um só.
O primeiro copo de vinho: ATZILUT São servidos quatro copos de vinho durante o Seder. Eles significam, e nos conectam com as quatro letras do nome de Deus – o Tetragrama – e aos quatro Mundos Superiores em nossa atmosfera espiritual. Os nomes desses mundos são Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. O Tetragrama é uma combinação poderosa de letras hebraicas que literalmente transmite as forças espirituais do Mundo Superior em nossa existência física. As quatro letras do Tetragrama são הוֹיה
Lavagem das mãos:Lavamos as mãos sem pronunciar uma bênção. A palavra hebraica Urchátz possui as mesmas letras que a palavra hebraica Rotzêach, que significa ‘assassino’. Queremos assassinar e destruir as forças negativas que criam devastação em nossas vidas. Podemos aniquilar toda a negatividade em nós e nas diversas coisas que nos afetam diretamente em nosso ambiente, ao derramar água em nossas mãos.
As mãos representam julgamento e negatividade, porque carregam nossos atos negativos. Através do poder de purificação espiritual da água, lavamos nossas mãos, e destruímos todas as formas de negatividade. Há um Vav extra na palavra Urchatz. Esse Vav extra indica a importância de fisicamente lavarmos nossas mãos ao invés de apenas meditarmos sobre elas. Cada vez que atraímos Luz, temos que manifestá-la através de uma ação física.
Bons pensamentos não são suficientes. Tem que haver um ato que acompanhe o pensamento. Conforme se diz, as ações falam mais alto do que as palavras. O ato de lavar as mãos destrói as forças negativas. O pensamento tão-somente jamais alcançará os mesmos resultados.
Podemos rearrumar as letras da palavra Karpás para formar Samech Perach – “o árduo trabalho das 600.000 pessoas no Egito”. Tradicionalmente nos é dito que a escravidão e o trabalho duro que os Israelitas enfrentaram envolviam chicotadas, correntes e o temível Faraó, que mantinha os israelitas escravizados no Egito. No entanto, a Torá afirma, que os Israelitas levavam uma vida razoável no Egito. Eles viviam pedindo a Moisés para levá-los de volta para o Egito cada vez que as coisas ficavam um pouco mais duras no deserto durante seu Êxodo. O grande Cabalista o Ari explica que o exílio não era de natureza física.
Era um exílio espiritual. A história de Pessach é sobre libertação do ego e negação interior. Enquanto eram escravos no Egito, os Israelitas não eram responsáveis por suas vidas. Eles eram vítimas. Se qualquer caos os atingisse, eles não tinham que se olhar no espelho e assumir a culpa. É mais fácil ser uma vítima (escravo) do que assumir responsabilidade pelos problemas na vida. A mentalidade de vítima era a real escravidão que estava ocorrendo no Egito.
O exílio dos Israelitas levou a uma genuína liberdade e controle sobre o cosmos, mas com liberdade e controle vem a responsabilidade – e essa era uma perspectiva desconfortável para os Israelitas. Este é o significado espiritual por detrás das constantes reclamações dos Israelitas e seu desejo de retornar ao Egito. Eles estavam tentando afastar a responsabilidade que estava prestes a ser colocada sobre eles. Era muito mais fácil para eles permanecer escravizados pelos seus egos e serem vítimas das circunstâncias, ao mesmo tempo em que sua natureza reativa jogava toda a culpa pelo caos nas pessoas e eventos “fora do seu controle”.
Mas a realidade é esta: nenhum evento se encontra fora de controle. E cada um de nós possui o mesmo problema. Nossa natureza reativa nos faz ficar cegos para a liberdade que nos é possível alcançar. Ignorância é uma bênção, como diz o ditado popular. É mais fácil ser um escravo da ignorância e permanecer uma vítima, do que ser liberto dessa escravidão e assumir a pesada responsabilidade que acompanha o fato de sermos donos de nossos destinos. De repente, temos que nos olhar no espelho e nos culpar por cada milímetro de caos e dificuldade que nos atinja. Mas um momento após assumirmos a responsabilidade, temos o poder da liberdade e do controle sobre o cosmos na palma da nossa mão. Através do karpás, obtemos a capacidade de nos tornar donos do nosso destino.
Obtemos a força para aceitar a verdade espiritual de que somente nós somos responsáveis por nossa sorte ou por nosso infortúnio. Podemos perguntar, “Como pode um pedaço de salsa conceder-nos este enorme poder de liberdade? Assim como um átomo microscópico contém energia crua suficiente para vaporizar uma cidade inteira, a energia espiritual da salsa, nesta noite específica, possui o poder de vaporizar nossa natureza reativa. A energia está contida nas letras hebraicas que compõem a palavra salsa. Comer a salsa é simplesmente o ato físico requerido para manifestar esta energia. Pegamos um pedaço de aipo/salsa, mergulhamos em água salgada, e dizemos a bênção.
Esta palavra significa “dividir”. Pegamos a Matzá física e a dividimos em dois. Uma parte é o Afikoman. A outra permanece sobre o prato do Seder. O ensinamento para nós é compreender que metade da nossa natureza é negativa. A outra metade é positiva. Em qualquer momento somos meio a meio. Uma ação positiva nos move para o positivo. Da mesma forma, uma ação negativa empurra a outra metade para o negativo.
O Afikoman é considerado a parte positiva. É sempre maior do que a outra, para nos mostrar que, se fizermos um ato positivo, podemos mover tudo para o lado positivo. Nunca devemos acreditar que o oponente e o nosso lado reativo são mais fortes. Este estágio específico nos ajuda a derrotar o oponente. Um outro ensinamento refere-se à ideia de separar a consciência espiritual da consciência corpórea. Podemos escolher conectar-nos à essência da nossa alma ou aos desejos do corpo em nossa vida diária. Um ser humano possui três níveis da alma: 1. Neshamá – a alma (nível superior). 2. Ruach - o espírito (nível intermediário). 3. Nefesh - o corpo físico (nível inferior).
A tendência natural do corpo físico é desejar e receber somente para si mesmo. Todas as nossas características negativas e atributos impuros são originados do corpo. Nossa alma é imbuída apenas por características positivas, inclusive um constante anseio de compartilhar. As decisões que tomamos na vida, e as ações que praticamos, deveriam ser sempre baseadas no nível intermediário do espírito – Ruach. No âmbito do espírito, temos o livre arbítrio de escolher com qual lado queremos nos conectar – com o nível inferior do corpo ou o nível superior da alma. O instinto reativo natural é escolher sempre o corpo, pensando somente em nós mesmos.
A alternativa é eliminar o instinto reativo do corpo e tornar-nos proativos. Podemos exercer nosso livre arbítrio e escolher conectar-nos com o nível superior, nossa alma, onde começamos a pensar primeiro nos outros. Fazemos um esforço para começar a aprender como compartilhar e a nos importar com as pessoas à nossa volta. Não porque seja moralmente correto, mas porque compartilhar é a maneira de gerar Luz espiritual duradoura em nossas vidas. A única vez que nos tornamos verdadeiros seres humanos, elevando-nos acima do nível do reino animal, é quando exercemos a maior dádiva que o Criador nos deu – o livre arbítrio.
Contrário à maioria dos ensinamentos filosóficos, o livre arbítrio é o atributo mais difícil de entender e dominar. Noventa e nove por cento do tempo, nunca usamos nosso livre arbítrio. Vivemos nossas vidas de uma maneira puramente robótica, seguindo cegamente cada capricho e desejo do corpo. Somos escravizados pelo desejo reativo dos nossos egos. O livre arbítrio ocorre somente quando escolhemos não reagir a um determinado evento externo. É isso aí. Todo o resto na vida é meramente um filme pré-gravado, com cenas e personagens designados a disparar as reações dentro de nós. O oponente tenta nos alimentar com linhas de diálogo, e cria cenas que alimentarão nossos egos. Nosso objetivo é sair do filme do oponente e ir para o papel principal em um filme produzido pelo Criador.
O conceito de conectar-se ao nível superior da alma relaciona-se com a Matzá de cima. A Matzá do meio representa o nível do espírito, enquanto a Matzá de baixo significa o corpo. Agora, vamos usar esses três instrumentos chamados matzá para nos ajudar espiritualmente a nos purificar e a reprogramar nossas vidas. A próxima instrução dada a nós pelos Cabalistas antigos envolve a divisão da Matzá do meio.
A divisão significa dividir e separar o bem do mal. Isso nos dá a capacidade de reconhecer tanto as nossas boas tendências quanto as más. Quando fazemos a separação, é importante quebrar a Matzá em um pedaço maior e outro menor. A parte maior da Matzá é conhecida como Afikoman. Essa estrutura de três níveis das Matzót não é simbólica. Não estamos falando em termos metafóricos. Cada Matzá é um instrumento singular e um mecanismo de conexão com os três níveis da nossa própria alma e essência. Assim como a areia é usada para confeccionar os microchips mais poderosos do planeta, o trigo nos campos é usado para fazer o mais poderoso microchip espiritual – a Matzá.
O AFIKOMAN A parte maior da divisão da Matzá é conhecida como Afikoman. Existe uma tradição de se esconder o Afikoman em algum lugar do cômodo, e então fazer com que todas as crianças procurem por ele após a refeição. O pedaço menor da Matzá permanece conosco. Na Cabala, a tradição não é um motivo por si só para o desempenho de qualquer rito ou ritual. Deve existir um benefício prático para a nossa vida. Entender o significado espiritual por trás deste ato nos possibilita uma revelação sobre a natureza humana, e ajuda a tornar nossas mentes mais direcionadas para o espiritual e a sermos pessoas mais felizes. O pedaço maior de Matzá (Afikoman) representa prazer físico, material. O pedaço menor representa plenitude espiritual (e por esta razão é menor). Nos primeiros anos de vida, uma criança é predominantemente feita de desejo.
Quando um bebê nasce, ele quer prazer material somente para si mesmo – comer, dormir, brincar. Não existe o conceito de compartilhar ou espiritualidade em sua natureza. A criança sabe instintivamente que seu choro obterá tudo o que ela desejar. À medida que o bebê cresce, esperamos que seus desejos pelo mundo físico diminuem, enquanto seus desejos por bens espirituais se expandem gradualmente. A refeição do Seder é um microcosmo deste desenvolvimento espiritual. Comemos o maior pedaço de Matzá - significando nosso mundo físico – depois do Seder, já que nosso desejo de comer não está mais nos controlando. Terminamos nossa refeição, e supostamente, através das ferramentas do Seder, purificamos nossa alma e nosso desejo de receber para nós mesmos. Resistimos a comer o pedaço maior no começo, quando nosso apetite estava no nível mais alto. Agora, participamos do mundo físico (representado pelo ato de comer a Matzá maior) sem qualquer desejo de receber nos controlando.
Esta ação simples, mas espiritualmente poderosa, nos injeta a força interna para controlar todos os nossos desejos auto-indulgentes durante todo o ano. Um outro segredo espiritual relativo ao ocultamento do Afikoman refere-se às ações positivas, bons atos, e a maneira pela qual devemos conduzir nossas vidas. Todas as nossas ações positivas, inclusive a caridade, devem ficar ocultas e escondidas. Uma oração recitada em Rosh Hashaná diz que Deus se lembra de tudo o que é esquecido. Os Cabalistas explicam que Deus se lembra somente das boas ações e valores, e conta somente os atos positivos que as pessoas esquecem. Esta conexão de Yachátz nos ajuda a esquecer nossos atos positivos passados, que geralmente nos tornam espiritualmente complacentes, e nos concentram na próxima série de ações positivas que ainda podemos desempenhar hoje e amanhã. Caridade, de acordo com a Cabala, não depende de quanto uma pessoa dá em dinheiro mas sim de quanto ela dá de si, com relação à sua situação pessoal.
Em outras palavras, caridade dada com o intuito de abatimento de imposto, placas em paredes, nomes em edifícios ou jantares honorários são desprovidos de qualquer valor no âmbito espiritual. Muitas pessoas fazem ações positivas em função do que outras pessoas irão dizer sobre elas. A real caridade ocorre quando saímos da nossa zona de conforto e quando existe um elemento real de sacrifício. Uma ação de caridade deve ficar oculta sem qualquer recompensa ou reconhecimento para o ego. A forma mais elevada de caridade é quando uma pessoa dá sem saber para quem, e o recebedor não sabe quem deu.
Esses atos trazem bênçãos verdadeiras para o doador. Em vez de tapinhas nas costas e congratulações frequentes sobre nossos atos de caridade, devemos esquecê-los e seguir para a próxima ação positiva. O Crescimento espiritual é uma constante ascensão para o nível seguinte. Ficar parado ou tornar-se espiritualmente complacente é o mesmo que entrar em uma escada rolante descendente. Se não seguirmos adiante, mas ficarmos no mesmo lugar, andaremos para trás. Devemos subir continuamente a escada descendente, que é o nosso ego.
Maguid é um derivativo da palavra hebraica para “falar” e “dizer”, representando o poder da palavra. Estamos usando o poder da palavra quando recitamos estas histórias da Hagadá. O ato de falar através desta seção nos conecta com os 13 Atributos do Criador. Esta conexão nos injeta a força da energia de milagres. Moisés utilizou esta antiga meditação Cabalística para disparar todos os milagres que foram necessários para libertar os Israelitas do Egito. Os 13 Atributos são 13 virtudes ou propriedades que refletem 13 aspectos do nosso relacionamento com o Criador. Esses 13 Atributos são a forma como interagimos com Deus em nossas vidas diárias, sabendo ou não. Eles funcionam como um espelho. Quando olhamos para um espelho e sorrimos, a imagem sorri de volta. Quando olhamos para um espelho e xingamos, o espelho reflete energia negativa de volta para nós. Existem 13 Atributos que possuem essas propriedades reflexivas dentro de nós. À medida que tentamos transformar nossa natureza reativa em proativa, esse ‘feedback’ nos direciona, orienta e corrige. O número 13 também representa um acima dos 12 signos do zodíaco. Os 12 signos controlam nossa natureza instintiva e reativa.
O número 13 nos proporciona controle sobre os 12 signos, o que em essência nos propicia controle sobre o nosso comportamento. Podemos usar esta energia antiga associada a milagres para gerar milagres em nossas próprias vidas. Geralmente achamos difícil nos livrar de hábitos negativos e prejudiciais. Da mesma forma, achamos que hábitos positivos são quase impossíveis de serem adquiridos. A energia de milagres pode nos dar a força adicional de que precisamos para alterar nossas vidas permanentemente, a fim de que os hábitos negativos e o comportamento destrutivo não administrem mais nossas vidas.
Egito é uma palavra em código para o nosso ego e para o desejo egoísta de receber para nós mesmos. Todos nós somos escravos da nossa natureza reativa. É nosso ego – o oponente interno – que é nosso verdadeiro mestre. O oponente é tão bom em seu trabalho, que a maioria de nós sequer se dá conta de que está sob sua custódia. REVELANDO AS MATZÓT E A ELEVAÇÃO: DO PRATO DO SEDER O prato do Seder representa a Sefirá de Malchut, nosso mundo físico. O nível de Malchut também representa a presença de Deus em nosso mundo, conhecida pelo nome em código de Shechiná.
A Shechiná se materializa neste mundo pairando no Templo Sagrado em Jerusalém. Deste lugar único, ela transmite a Luz de Deus para o mundo inteiro. Sem o templo físico, a Shechiná não tem lugar para se revelar, a Shechiná também permaneceu em exílio. Por este motivo, falta-nos o poder de proteção da Shechiná. Ao elevarmos o prato do Seder, estamos ajudando a elevar-nos a nós próprios e à Shechiná do exílio . Uma outra forma de conceder poder a esta ação é sentir a dor da Shechiná. Uma razão por que a Shechiná não se encontra em seu espaço correto – o templo - é porque nós não estamos no lugar mental correto. Temos que sentir a dor da Shechiná, já que são nossos atos negativos que basicamente constituem a causa por trás do seu exílio. Depois que descobrimos as Matzót, e levantamos o prato do Seder, dizemos Leshem Yichud.
As 10 Sefirót são 10 dimensões que separam nosso mundo físico do âmbito do Mundo Sem Fim, onde a Luz de Deus brilha com iluminação infinita. Todas as nossas ações, inclusive a elevação do prato, não são simbólicas; elas constituem verdadeiras ferramentas e chaves que ativam forças metafísicas poderosas, que podem alterar nossas vidas dramaticamente para melhor. Ter certeza sobre o poder espiritual do ritual é o que coloca estas forças metafísicas em ação.
Em outras palavras, quando acreditamos, alcançamos. A HISTÓRIA DOS CINCO ESTÁGIOS Numa noite de Seder, há 2000 anos atrás, cinco grandes sábios estavam sentados na cidade de Bnei Barak em Israel, tendo uma longa discussão sobre o Êxodo do Egito. De repente, seus discípulos foram dizer-lhes que a hora das orações da manhã havia chegado. Os sábios haviam perdido completamente a noção do tempo, absortos no encantamento da história. Os Cabalistas nos dizem que quando nos encontramos absortos em nosso trabalho espiritual, esquecendo completamente as limitações de tempo, espaço e movimento, Deus remove todas as limitações que estejam nos retardando.
O Rei David disse, “Deus é nossa sombra.” Se permanecermos escravizados aos constrangimentos físicos de tempo, espaço e movimento, essas limitações se refletirão de volta para nós. Se simplesmente nos desapegarmos, deixarmos de lado o controle, e pararmos de nos preocupar com as limitações do nosso mundo físico, a fim de abraçar mais trabalho espiritual, a Luz removerá toda o atrito, obstáculos e barreiras associados a tempo, espaço e movimento. Um outro ensinamento desta simples história é que a Hagadá dedicou espaço valioso para incluir o surgimento dos discípulos, dando-lhes igual importância aos grandes sábios sagrados.
O ensinamento é que todos nós podemos aprender com todos e com cada um. O Talmud faz a seguinte afirmativa, “Quem é uma pessoa inteligente? Aquela que aprende com cada um!” Todos neste mundo são nossos mestres – as pessoas positivas e as negativas. Todos e tudo com que temos contato está ali para nos ensinar algo sobre nosso próprio caráter e área de correção. AS DEZ PRAGAS: O termo Dez Pragas é um código, significando os 10 níveis de energia que sustentam as Klipot. As Klipot são cascas de negatividade criadas pelos nossos atos e ações negativas. Chamamos de cascas, porque elas aprisionam faíscas de Luz, da mesma forma que uma casca oculta uma noz. As Klipot na verdade nos roubam faíscas de Luz toda vez que cometemos um delito. Existem Klipot em cada uma das 10 Sefirot, as 10 dimensões que compõem a nossa realidade.
Cada uma das 10 pragas que agora recitamos remove a Luz das Klipot em todas as 10 dimensões. Com sua força vital cortada, as Klipot morrerão, libertando-nos de suas garras. De acordo com a Cabala, os egípcios representam as Klipot. Por que os sábios consideram os egípcios como estando em um estágio tão baixo? Mesmo com toda sua magia negra, seu constante comportamento reativo e ações negativas, será que essas características seriam suficientes para classificá-los como sendo Klipot? Não. O motivo por que eles representam as Klipot é porque nenhum egípcio tratava ao menos um israelita ou mesmo um outro egípcio com dignidade humana e sensibilidade. Se não tratarmos as pessoas com dignidade humana, não haverá genuína liberdade e plenitude na terra, ou paz entre as nações. Nunca. Não importa quanto meditemos, oremos ou desempenhemos ritos e rituais, se tratarmos nossos amigos e nossos inimigos sem qualquer traço de compaixão humana e sensibilidade, isto nos levará diretamente de volta ao caos, mutilação e destruição.
Existem dois nomes sagrados que nos ajudam neste processo: Yud Vav Hei Chaf final יוהך e Chaf Hei Tav כהת PESSACH, MATZÁ UMARÓR PESSACH - O Pessach original incluía a prática de levar sacrifício ao Templo Sagrado. O templo físico não existe mais, assim temos que nos tornar o sacrifício para o nosso comportamento reativo . Temos que olhar para dentro e sacrificar pelo menos uma das nossas características negativas. Se for fácil e confortável, não é considerado sacrifício. Este sacrifício poderia envolver aproximar-se de um amigo ou membro da família durante o Pessach, e trabalhar uma situação difícil, abrindo mão do ego e admitindo estar errado. Podemos abordar um amigo ou inimigo e confessar nossas invejas. Quanto mais difícil, mais Luz receberemos. De acordo com os princípios da Cabala, ficaremos surpresos com a repentina mudança nos eventos e respostas que receberemos das pessoas abordadas. No instante em que baixarmos a guarda, removermos nosso ego, e oferecermos às pessoas Luz genuína através do nosso próprio sacrifício e humildade, elas nos surpreenderão e responderão positivamente. MATZÁ - De acordo com a tradição, não havia tempo para os israelitas esperarem o pão fermentar, assim eles partiram com Matzá.
Esta situação é meramente o efeito e não a causa espiritual. A Cabala pergunta por que os eventos se passaram desta forma originalmente. O Ari nos ensina que nunca devemos examinar o efeito, mas sim ir ao nível de semente, à causa oculta: Matzá é pão sem ego. O pão se expande e cresce (como nossos egos) porque contém uma enorme energia espiritual. Com a Matzá, existe um aspecto de restrição em funcionamento.
Matzá é um instrumento que nos dá força para exercer a restrição do nosso ego durante o ano inteiro. MAROR - Maror possui o mesmo valor numérico da palavra morte. Para alcançarmos o estado de imortalidade, que podemos atingir em Shavuot, temos que sentir o gosto da morte. O Maror é nosso instrumento para sentir o gosto da morte. Infelizmente, a vida de algumas pessoas é pior do que a morte. Ao mastigar lentamente o Maror e abraçar a dor intensa que isto gera, podemos proativamente sentir o gosto da morte e assim gradualmente remover a força da morte de nossas vidas. Cada mastigação do Maror, por cada pessoa no planeta que esteja guardando o Pessach, nos leva um passo adiante, mais próximos à genuína imortalidade.
NETILAT YADÁIM: LAVAGEM DAS MÃOS Durante a noite, muitas forças negativas se ligam às nossas mãos enquanto dormimos. Nossas mãos são como imãs que atraem estas forças, porque as mãos desempenham muitos dos nossos atos negativos em nossa vida diária, e são as culpadas por manifestar os pensamentos negativos que residem em nossos corações e mentes. De acordo com a Cabala, o pensamento negativo é a causa do comportamento negativo, e as mãos são os instrumentos que o manifesta. Os Cabalistas também ensinam que a energia positiva conecta-se com a causa e o nível de semente da realidade, e a negatividade sempre conecta-se com o efeito.
Ao lavar nossas mãos toda manhã, atingimos dois objetivos importantes:
1. Limpamos e lavamos todas as forças negativas que se ligam a nossas mãos.
2. Conectamo-nos com a causa e o nível de semente da realidade (positividade) e não somente com o efeito. Esta obrigação nos ajuda a ter um dia mais positivo e pleno. Recebemos um outro benefício importante quando invocamos esta bênção. Dentro das palavras encontramos um código notável. As três últimas palavras são Al Netilát Yadáim. As primeiras letras de cada uma dessas três palavras compõem Aní, palavra em hebraico para “pessoa pobre”.
Quando se tiram as últimas letras dessas três palavras, Lamed, Tav e Mem, elas possuem o mesmo valor numérico da palavra Ashir. Em português, Ashir significa “uma pessoa rica”. Ao lavar nossas mãos a cada manhã e impedir que a energia negativa ligue-se a elas durante todo o dia, começamos por nos afastar do nível de Aní (pobre) e nos conectamos com a energia de Ashir (rico). Antes de recitar a bênção, vamos até a pia, e derramamos um copo de água sobre a nossa mão direita e depois sobre a esquerda. Fazemos isso duas vezes em cada mão. “Rico” refere-se não somente a sustento financeiro, mas também ao conceito de ser rico por possuir uma família próxima e amorosa, rica em saúde, ou vivendo uma vida cheia de ricos significados. A bênção será direcionada para a área onde estejamos necessitados da energia de riqueza.
Antes de partir o pão, devemos orar pelo sustento. O valor numérico de Hamotzí, Léchem, Min Haáretz – a bênção do pão – iguala o mesmo valor numérico de Pei Alef Yud פאי, Samech Alef Lamed סאל e Chet Tav Chaf חתך - três meditações cabalísticas para criar sustento e prosperidade.
Mesmo quando comemos, devemos rezar pelo sustento com o entendimento de que nada é nosso. Toda felicidade emana da Luz. Essa consciência ajuda a intensificar nossas orações.
Matzá é o único tipo de pão que requer uma bênção especial. Pão é o único alimento com uma natureza dupla. Comemos pão durante o ano, acessando toda a sua energia positiva. Mas não podemos comer pão durante Pessach por causa de seus efeitos potencialmente danosos para o nosso caráter e natureza espirituais . Este aspecto duplo do pão é espelhado em nosso comportamento. Às vezes necessitamos ativar e usar nosso desejo de receber (representado pelo pão) em situações onde estamos carentes de auto-estima, ambição e auto-confiança. Esta bênção ajuda a nos dar equilíbrio e a revelar quando aplicar nosso desejo de receber e quando não fazê-lo.
As ações são tanto positivas quanto negativas. Mas os desejos e pensamentos situam-se em uma área cinzenta. Às vezes eles ocorrem para nos testar, a fim de que possamos superá-los. Há vezes em que temos que sentir raiva da negatividade do mundo para mudá-lo. Se não ficarmos com raiva ou profundamente preocupados com os males do mundo, nunca poderemos ficar motivados a ajudar a melhorar as vidas dos outros. Usar nossos desejos internos é como pisar no acelerador de um carro. Pisamos mais forte quando temos que ganhar velocidade.
Uma vez em movimento, aliviamos a pressão e tiramos o pé do pedal. Da mesma forma, podemos usar nosso desejo de receber para nos motivar a agir, mas uma vez em movimento, temos que eliminar nossos egos (o que é representado pela Matzá) e transformá-los em desejos de compartilhar. Reconhecemos que trata-se de um ato de equilíbrio difícil, mas ele torna-se mais fácil através desta poderosa conexão. Um dos motivos por que nos abstemos de comer pão durante Pessach, por que não podemos ter sequer uma migalha em nossas casas, é devido à imensa infusão de energia que o pão transmite.
Em Pessach, esta infusão atinge níveis ultra elevados. Considere este exemplo: uma pessoa dirige um carro a 50 km por hora. Se você abaixar a janela do carro, a mudança na pressão do ar é tão mínima, que você ainda consegue controlar o veículo sem qualquer problema. Se no entanto você estivesse voando em um Concorde à velocidade do som, uma mínima rachadura na janela colocaria o jato fora de controle. Pessach é como voar à velocidade da luz. Esta é a intensidade da Luz de liberdade. Mesmo uma mínima migalha de pão em seu sistema irá enviá-lo e ao seu comportamento reativo para um forte curso de colisão com o caos pelo resto do ano.
Maror é a mais elevada, e ainda assim a mais difícil conexão em Pessach. Maror possui o mesmo valor numérico da palavra morte. Para atingirmos o estado de imortalidade, temos que sentir o gosto da morte. Ao mastigar lentamente o Maror e abraçar a dor intensa que isto gera, podemos sentir o gosto da morte proativamente, e por conseguinte remover gradualmente a força de morte de nossas próprias vidas. Cada mastigação do Maror nos leva um passo adiante, em direção à genuína imortalidade.
Enquanto estivermos engasgados com o Maror, precisamos reter esta consciência. Nosso objetivo é abrir mão de um pequeno conforto agora, no momento, para alcançar plenitude infinita e conforto duradouro para sempre. Muito frequentemente nos contentamos com um pequeno conforto agora e acabamos pagando por isso com muito mais caos e dor posteriormente. A força da morte não se limita ao corpo físico. A morte também pode atingir um negócio, um casamento ou qualquer tipo de relacionamento.
O propósito por trás da conexão com Kórech é elevar-nos acima das estrelas e dos signos do zodíaco. Esta é uma das razões por que Áries – o Carneiro – foi escolhido para o sacrifício no templo em Pessach. Áries é o primeiro signo, a semente, e é aqui que se encontra todo o controle.
É também um dos signos mais difíceis, como qualquer ariano pode atestar. Se pudermos ir acima de Áries, podemos superar todos os obstáculos e influências negativas. Logo, o grande sábio Hillel usava o poder de Pessach (o Áries), Matzá e Maror para elevar-se acima das influências negativas das 12 constelações. Pegamos o Maror, colocamos sobre uma Matzá, e os comemos juntos, inclinando-nos para a esquerda, sem dizer qualquer bênção.
Essa próxima fase da refeição parece apelar diretamente ao nosso desejo de receber para si mesmo. Exceto que, após tudo o que realizamos durante o nosso Seder, este não é o caso. Não estamos vivendo para comer, como a maioria das pessoas faz, mas comendo para viver. Compartilhamos a refeição para obter forças, a fim de continuar em nosso caminho espiritual. Comer não serve apenas como gratificação física.
Tudo o que fazemos pode adquirir uma dimensão espiritual, se simplesmente tivermos a consciência e a intenção de usar nossas conexões físicas para servir a um propósito espiritual mais elevado. Costuma-se comer um ovo.
Comer o Afikoman. Tzafún significa “o que estiver oculto é agora revelado”. Existe uma história na Torá em que Ya'akôv vai a seu pai Isaac para receber uma bênção. Ele leva consigo um sacrifício para Pessach, que hoje é representado pelo nosso Afikoman. Quando Ya'akôv entrou no quarto de seu pai, a Torá nos diz que ele pôde sentir o aroma do Jardim do Éden. Depois que Ya'akôv levou o sacrifício, recebeu a bênção de seu pai. Como esta história se relaciona com nossa vida?
Sabemos que o poder do Afikoman é igual às rezas que eram feitas no templo sagrado em Jerusalém! O valor numérico de Afikoman é o mesmo que artifício ou logro. Isto se conecta com Ya'akôv, que usou o artifício contra seu mau irmão, Esaú. Isaac quis originalmente conceder a bênção a Esaú, mas Ya'akôv vestiu a roupa do irmão, enganou seu pai, e recebeu a bênção em seu lugar. Isto nos fornece uma pista para o significado por trás do ocultamento do Afikoman. Esta ação nos conecta ao sacrifício e aos esforços para enganar, executados por Ya'akôv, a fim de que possamos enganar o oponente e removê-lo de nossa vida.
Podemos provar agora do Jardim do Éden (representado por Ya'akôv) em oposição a provar do fogo do Inferno (representado por Esaú). Pegamos a Matzá do Afikoman, em lembrança à oferenda de Pessach, a ser comida depois que estamos satisfeitos. Comemos enquanto nos inclinamos para a esquerda.
Birkát Hamazon eleva as faíscas reais de Luz ocultas dentro dos alimentos que comemos, e as conecta com os Mundos Superiores. Remove o aspecto físico da refeição (energia temporária), deixando-nos com o sustento espiritual, que é eterno e duradouro.
Temos quatro bênçãos dentro do Birkát Hamazon, o que nos conecta com os quatro Mundos Superiores da atmosfera espiritual. Os nomes desses quatro mundos são Atzilút, Briá, Yetzirá e Assiá. Esses quatro mundos são parte das 10 dimensões do nosso universo. Servimos o terceiro copo e recitamos a seguinte bênção sobre o alimento.
O Halel conecta-se com Malchut, nosso âmbito físico de existência. O valor numérico de Halel é o mesmo de Lámed, Lámed, Hei ללה , o 6º Nome dos 72 Nomes de Deus. É também o mesmo valor numérico de Álef, Dalet, Nun, Yud אדני, o nome de Deus que se correlaciona diretamente e transmite energia para o nosso mundo físico, e ainda mais tem a mesma numerologia da palavra Hebraica “HaCli” הכלי que significa “O Recipiente”.
Os 72 Nomes de Deus é uma fórmula usada por Moisés para engendrar milagres no Egito. Esta fórmula esteve oculta dentro do Zohar sagrado por mais de 2000 anos. Consiste nas 72 sequências de três letras codificadas dentro da história do Êxodo na Torá.
Cada sequência de três letras nos fornece um poder específico para superar as diversas características negativas da natureza humana, da mesma forma que Moisés usou esta tecnologia espiritual para suplantar as leis da mãe natureza. (Veja logo abaixo a prece do Halel para ser recitada na noite e manhã de Pessach).
Através das ações do Nirtzá, estamos assegurando que todos os nossos esforços e solicitações feitos até agora sejam aceitos no Mundo Superior. Estamos utilizando o poder da certeza para garantir que temos o poder de sair do “Egito” (caos).
Estamos injetando certeza no processo e no resultado. Queremos que todos aqueles no mundo que estejam tomando parte no Seder de Pessach também completem suas tarefas com sucesso. Antes de recitar o Nirtzá, temos que remover toda incerteza ou dúvida de nossa consciência.